O PAIS E
BEIRA DE UM CATACLISMA NA ECONOMIA NACIONAL
As
maiores economias do mundo devem "patinar" novamente em 2013 e
atrapalhar a retomada de um crescimento mais acelerado no Brasil, acreditam economistas.
O principal contágio ocorreria através da queda nas exportações e na
atividade industrial, mais dependente do cenário externo. O IBGE divulga
amanhã o PIB do terceiro trimestre, projetado para fechar o ano em torno de
1,5%.A indústria, que representou 23% do PIB no ano passado, deverá ficar
totalmente estagnada em 2012, de acordo com Confederação Nacional da
Indústria (CNI). O maior impacto da crise, para a CNI, ocorre na formação
bruta de capital fixo, que reflete os investimentos realizados no País.
Segundo analistas, o setor também terá problemas para retomar o
crescimento no ano que vem.
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"A economia global está
desaquecendo, caminhando para uma nova recessão. Os índices PMI (que mede
intenção de compra na indústria) estão caindo na Europa, nos EUA e na China. A
tendência é de queda na produção industrial", diz José Carlos dos Reis
Carvalho, sócio e analista de macroeconomia da carioca Paineira Investimentos.
Na avaliação do
economista e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Antônio
Correa de Lacerda, o País deverá apresentar um desempenho melhor no ano que
vem, mas os efeitos da fraca expansão da economia internacional serão sentidos.
Para Lacerda, o setor de commodities e a indústria serão afetados por esse
quadro, contribuindo com uma alta menos expressiva da atividade econômica.
“Com a Europa ainda
patinando e um crescimento tímido nos Estados Unidos, a China deve nos salvar
se apresentar um crescimento entre 7% e 8%”, diz Lacerda. “Como o país asiático
é grande comprador de matérias-primas do Brasil, os preços das commodities
metálicas devem, ao menos, parar de cair”, complementa.
O crescimento chinês
está em um patamar mais baixo após a turbulência global, alerta Carvalho. Nos
tempos pré-crise, o PIB do país crescia a 12% ao ano. Caiu para 6% durante o
período de maior turbulência e agora parece se acomodar em torno de 7%. "A
Alemanha, outra 'casa de força' do crescimento mundial, segue a mesma
tendência", afirma Carvalho.
As projeções de Lacerda
apontam uma possibilidade de crescimento em torno de 4% para o PIB em 2013. Mas
esse crescimento deve continuar sendo amparado, como nos anos anteriores, pela
força do mercado interno. A taxa de juros básica no menor patamar da história e
o mercado de trabalho aquecido tendem as ser pilares dessa sustentação.
RESULTADO
PARA O PIB NACIONAL
·
IPP
0,21%
Out/2012
·
PME
5,3%
Out/2012 (taxa de
desocupação)
·
IPCA-15
0,54%
Nov/2012
PIB do Brasil em 2012
1º e 2º Trimestres de 2012
- O PIB (Produto
Interno Bruto) do Brasil no primeiro trimestre de 2012, divulgado pelo IBGE em
1 de junho, apresentou um crescimento de apenas 0,1% entre janeiro e março. Foi
um crescimento fraco que aponta um processo de desaceleração da economia em 2012.
- Já no 2º
trimestre de 2012 (abril a junho) a economia brasileira voltou a decepcionar
registrando um aumento fraco de 0,4% (dados divulgados pelo IBGE em 31 de
agosto) em comparação ao trimestre anterior. As medidas do governo (queda de
juros e redução de IPI para alguns setores da economia) não resultaram no
crescimento econômico esperado.
- Nos últimos doze
meses (até junho de 2012) o PIB brasileiro cresceu apenas 1,2%.
Principais fatores que causaram o fraco crescimento do PIB no primeiro
trimestre de 2012:
- Crise econômica
na Europa;
- Queda no consumo
interno (principalmente das famílias), provocado principalmente pelo aumento do
endividamento das famílias;
- O aumento das
importações (maior que as exportações) e o clima prejudicaram o setor agropecuário
que apresentou uma retração de 7,3%.
- O crescimento
fraco do setor de serviços: apenas 0,6%.
Os fatores que ajudaram a queda não ser maior:
- O setor
industrial, movido pelo aumento das receitas das industriais, apresentou um
crescimento de 1,7%.
- Os gastos do
governo aumentaram 1,5%
Reação do governo
Com o objetivo de
acelerar o crescimento do PIB em 2012, o governo brasileiro vem adotando
algumas medidas como, por exemplo, diminuição da taxa de juros (Selic). Redução
de impostos como, por exemplo, o IPI (Produto sobre Produtos Industrializados)
para alguns setores da economia (eletrodomésticos, automóveis, materiais de
construção) também faz parte do arsenal do governo para evitar a desaceleração
da economia brasileira.
Perspectivas
De acordo com
muitos economistas, o PIB brasileiro deve crescer de 1,5% a 2,5% em 2012, em
função do agravamento e contaminação das economias dos países emergentes pela
crise europeia.
Comparação do crescimento do PIB brasileiro com de outros países no 1º
trimestre de 2012 (em relação ao trimestre anterior):
- Brasil: 0,1%
- Espanha: -0,3%
- Reino Unido:
-0,2%
- Itália: -0,8%
- Alemanha: 0,5%
- Estados Unidos:
0,5%
- Japão: 1%
Quando se trata do
Setor de Biocombustíveis e de Agricultura, o Brasil serve como modelo por conta
de sua posição como o maior exportador mundial de Café, Cana-de-açúcar, Soja,
Carne e Etanol. O Setor de Biocombustíveis e de Agricultura inclui estatísticas
detalhadas, como produção, vendas, comércio exterior e dados financeiros,
permitindo uma análise aprofundada dos setores.
Quase 90% das
séries históricas do Setor Automotivo, que deverá se tornar um dos setores
industriais de mais rápido crescimento no país, são provenientes das principais
associações do setor no Brasil. Os dados completos de produção, vendas,
comércio, registros e empresa estão disponíveis aqui.
Com a
descoberta da camada pré-sal, o Brasil deve se tornar um dos cinco maiores
produtores de petróleo no mundo em 2020. O Setor de Energia oferece séries
históricas sobre produção, consumo, comércio exterior, vendas e estatísticas de
preços para facilitar a análise sobre este setor.
AQUECIMENTO DO MERCADO INDUSTRIAL
A
indústria brasileira vive seu inferno astral, com quedas na produção e no
número de empregos todos os meses. O comércio está crescendo menos do esperado.
O setor de serviços ainda vai bem, mas lá na frente, também pode sofrer os
reflexos da crise que já nos atinge. Só dois setores no país vão muito bem: os
bancos e o governo, maior arrecadador de impostos do mundo. Mesmo com todos
complexos problemas que a economia mundial enfrenta e começam a deixar setores
nacionais preocupados, a arrecadação de impostos no país bate recordes todos os
meses. Só neste ano, segundo o Impostômetro, criado em 2005 pela Associação
Comercial de São Paulo, já entraram para os cofres públicos nada menos que 800
bilhões de reais. Para se ter ideia, em 2005, ano de lançamento do
Impostômetro, a arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais
chegava a apenas 380 bilhões de reais. Sete anos depois, prevê que 2012 fechará
com novo recorde: mais de 1 trilhão e 600 milhões de reais. Só a diferença a mais sobre 2011, representa pouco menos que
toda a arrecadação do primeiro semestre de 2005.
Em sete anos, portanto, a
arrecadação de impostos no Brasil quase triplicou. Parte disso deve-se, por
questão de justiça, ao sistema de arrecadação e fiscalização, que foi muito
aprimorado. Mas o exagero fica por conta da mais alta carga tributária do
mundo, sem que o brasileiro veja sequer parte disso revertido em seu benefício.
Prova disso é a situação da saúde pública, da educação, das rodovias, da falta
de segurança, do caos que atinge vários municípios. O governo brasileiro, nos
últimos anos, especializou-se em arrecadar. A continuar assim, pode até matar a
galinha dos ovos de ouro, para sustentar sua obesidade mórbida. Mas, lá em
cima, entre os poderosos, quem está preocupado com isso?
fonte//conesul noticias.
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